Frank é um desses filmes independentes muito especiais, do tipo que define seus personagens por suas patologias e/ou esquisitices. A curiosa banda de título impronunciável The Soronprfbs é composta por um tecladista suicida, um homem que só tem desejo sexual por manequins de lojas, um francês que não se comunica com ninguém, uma mulher agressiva com impulsos assassinos, um compositor que nunca conseguiu escrever nenhuma música e Frank, o líder do grupo, um homem que usa uma cabeça falsa o tempo inteiro, mesmo para comer, tomar banho e dormir.
Juntos, eles decidem passar um ano inteiro reclusos em uma cabana distante, fazendo experiências com sons ambientes, aperfeiçoando a sua música e criando o melhor álbum da história. O público nunca descobre exatamente que tipo de música o grupo compõe: apenas uma canção é tocada integralmente durante a história. Mas o que interessa em Frank é menos a música do que a evolução dos membros da banda, seguindo a premissa romântica de que só os loucos e as crianças são realmente livres, criativos e desprendidos de amarras sociais, podendo criar obras-primas. A imersão do grupo na música nada mais é do que um projeto de hospício, ou de arte terapia administrada pelos próprios internos.
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Este poderia ser o material para um drama, ou mesmo um suspense, mas o filme é uma comédia leve, demonstrando prazer por um tipo de absurdo mínimo, inconsequente, quase infantil. Em uma cena, os personagens testemunham um estranho suicídio, mas voltam a compor juntos logo depois. Em outro momento, Frank briga com uma intrusa na cabana onde mora, mas bastam trinta segundos para que eles se tornem amigos e comecem a rodopiar pela grama. Como nos desenhos animados, os personagens são alegremente inconsistentes, em especial o dono da cabeça gigante, uma curiosa mistura de vítima e herói, mártir e messias construída com equilíbrio pelo talentoso
Michael Fassbender.
Este poderia ser o material para um drama, ou mesmo um suspense, mas o filme é uma comédia leve, demonstrando prazer por um tipo de absurdo mínimo, inconsequente, quase infantil. Em uma cena, os personagens testemunham um estranho suicídio, mas voltam a compor juntos logo depois. Em outro momento, Frank briga com uma intrusa na cabana onde mora, mas bastam trinta segundos para que eles se tornem amigos e comecem a rodopiar pela grama. Como nos desenhos animados, os personagens são alegremente inconsistentes, em especial o dono da cabeça gigante, uma curiosa mistura de vítima e herói, mártir e messias construída com equilíbrio pelo talentoso
Michael Fassbender.
O roteiro, muito satisfeito com suas próprias esquisitices, às vezes de esquece de fornecer explicações verossímeis para a trama. A aparição abrupta de certa quantidade de dinheiro constitui uma solução fácil demais para explicar como o grupo se sustenta, e a própria hesitação de Frank entre querer ficar escondido (afinal, ele usa uma cabeça falsa) e querer ser amado pelo grande público revela uma inconsistência na construção do personagem. Também é uma pena que o filme nunca observe o mundo pelos olhos de Frank: quem o acompanha é o novo tecladista dos Soronprfbs (
Domhnall Gleeson), verdadeiro protagonista da história. Frank é retratado em terceira pessoa, visto por pessoas que não o compreendem. O público, igualmente, não desvenda todos os seus segredos.
Mas a história melhora à conclusão, quando o ritmo ágil do diretor
Lenny Abrahamson garante um desfecho agridoce e relativamente violento para os personagens. No instante em que a trama finalmente adentra a complexidade psicológica de Frank, ela o faz de maneira natural, evitando facilidades pseudo psicanalíticas do tipo “personagem abusado durante a infância”, “trauma por causa dos pais ausentes etc.” Para uma comédia leve, o filme nutre uma curiosa e interessante obsessão pela morte e pela (auto)destruição de seus personagens. Frank talvez funcione mal como filme sobre música ou sobre músicos, mas transforma-se em um retrato divertido e terno sobre pessoas em situações limítrofes. Ah, curiosidade à parte: o roteiro é baseado em uma situação real, retirada da história de um jornal.
Filme visto no Festival do Rio, em setembro de 2014.
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Por: Bruno Camelo/AdoroCinema
“ Todo mundo conhece o nome do Comissário Gordon. Ele é um dos maiores inimigos do mundo do crime, um homem cuja reputação é sinônimo de lei e ordem. Mas o que se sabe sobre a história de Gordon e sua ascensão a partir de um novato detetive para comissário de polícia? O que é preciso para navegar pelas várias camadas de corrupção que secretamente governam Gotham City, local de origem dos vilões mais icônicos do mundo? E quais as circunstâncias que criaram as pessoas que se tornariam a Mulher-Gato, o Pinguim, o Charada, Duas-Caras e Coringa? ‘Gotham’ é uma história de origem dos grandes vilões e heróis da DC Comics, revelando um capítulo inteiramente novo, nunca contado antes. Do produtor executivo Bruno Heller (“The Mentalist”), ‘Gotham’ segue a ascensão de um policial por uma cidade perigosamente corrupta e narra o nascimento de um dos super-heróis mais populares do nosso tempo..jpg)
Crescendo nos subúrbios de Gotham, James Gordon (Ben McKenzie, da série “Southland”) romantiza a cidade como uma metrópole fascinante e emocionante, onde seu falecido pai serviu uma vez como um procurador de sucesso. Agora, com duas semanas em seu novo trabalho de detetive da cidade e noivo de Barbara Kean (Erin Richards, da série “Breaking In”), Gordon está vivendo seu sonho, enquanto idealiza transformar a cidade no local pacífico que se lembra de sua infância..jpg)
Corajoso, honesto e pronto para provar seu valor, o detetive se torna parceiro do impetuoso, Harvey Bullock (Donal Logue, da série “Vikings”) e ambos acabam na cena de crime mais icônica da cidade: o assassinato dos bilionários Thomas e Martha Wayne. No local, Gordon encontra um único sobrevivente: o assustado filho do casal Bruce Wayne David Mazouz (da série “Touch”), com quem o detetive sente uma afinidade inexplicável. Profundamente comovido com a perda do garoto, Gordon promete capturar seu assassino”..jpg)
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A passagem do cinema mudo ao sonoro é vista com muito humor e lirismo por meio das músicas e coreografias elaboradas pelos diretores Stanley Donen e Gene Kelly. O mais impressionante é que o roteiro foi criado a partir de músicas, quase todas já existentes, da dupla Betty Comden e Adolph Green e não o contrário, e mesmo assim o filme exala harmonia, principalmente nas atuações alegres de Kelly, O'Connor e da iniciante Debby Reynolds..jpg)
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