Frank é um desses filmes independentes muito especiais, do tipo que define seus personagens por suas patologias e/ou esquisitices. A curiosa banda de título impronunciável The Soronprfbs é composta por um tecladista suicida, um homem que só tem desejo sexual por manequins de lojas, um francês que não se comunica com ninguém, uma mulher agressiva com impulsos assassinos, um compositor que nunca conseguiu escrever nenhuma música e Frank, o líder do grupo, um homem que usa uma cabeça falsa o tempo inteiro, mesmo para comer, tomar banho e dormir.
Juntos, eles decidem passar um ano inteiro reclusos em uma cabana distante, fazendo experiências com sons ambientes, aperfeiçoando a sua música e criando o melhor álbum da história. O público nunca descobre exatamente que tipo de música o grupo compõe: apenas uma canção é tocada integralmente durante a história. Mas o que interessa em Frank é menos a música do que a evolução dos membros da banda, seguindo a premissa romântica de que só os loucos e as crianças são realmente livres, criativos e desprendidos de amarras sociais, podendo criar obras-primas. A imersão do grupo na música nada mais é do que um projeto de hospício, ou de arte terapia administrada pelos próprios internos.
Mas a história melhora à conclusão, quando o ritmo ágil do diretor Lenny Abrahamson garante um desfecho agridoce e relativamente violento para os personagens. No instante em que a trama finalmente adentra a complexidade psicológica de Frank, ela o faz de maneira natural, evitando facilidades pseudo psicanalíticas do tipo “personagem abusado durante a infância”, “trauma por causa dos pais ausentes etc.” Para uma comédia leve, o filme nutre uma curiosa e interessante obsessão pela morte e pela (auto)destruição de seus personagens. Frank talvez funcione mal como filme sobre música ou sobre músicos, mas transforma-se em um retrato divertido e terno sobre pessoas em situações limítrofes. Ah, curiosidade à parte: o roteiro é baseado em uma situação real, retirada da história de um jornal.
Filme visto no Festival do Rio, em setembro de 2014.
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Por: Bruno Camelo/AdoroCinema
Realmente bem interessante, vou acabar de assistir :D
ResponderExcluirApesar de NÃO ser uma animação o enredo parece ser bem legal e doidão rsrsrs
Prometo não dormir dessa vez =D
Heheheheee.... Assim espero nehhh !!!!!! kkkkkkkk....
ExcluirAchei muito interessante também. E preciso terminá-lo também, não aguentei o sono.... kkkkk!!!!!
=P
Estava tudo muito interessante até chegar nos comentários.rss
ResponderExcluirE essa história de ... Dá sono? Será que não é tão bom assim?
Mas vou conferir. Gostei de saber que o roteiro foi baseado em uma situação real.
kkkkkkkkkkkkkkkk.... Eh muito interessante simm !!! O problema é que pegamos pra ver muito tarde, jah estávamos caindo de sonooo!!!! =D
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